Rosana Turíbio Garcia

A empatia pelo Magistério se fez presente na infância de Rosana Turíbio Garcia, que recorda sua brincadeira predileta, quando colocava as bonecas sentadas lado a lado e vivenciava o mundo mágico de transmitir o conhecimento. O passar dos anos só fez despertar ainda mais o fascínio na filha de dona Ida e de “seo” Walmor, que recebeu o incentivo de toda família: “Na época, meus pais e meu esposo me deram todo o apoio necessário e especialmente minha irmã, Rosangela, que já trilhava o mesmo caminho”, recorda. Formada em Letras, Português e Espanhol e com especialização em Literatura Infanto Juvenil, a mãe de Cassiani e Walmor responde o que não pode faltar para quem atua na área: “Entusiasmo. Um professor com essa característica consegue fazer de suas aulas um momento “mágico”, passando assim a encantar seus alunos”. Lecionando há 16 anos na mesma escola, Rosana já acumulou tempo de trabalho suficiente, mas ainda que tenha cumprido o tempo de serviço, decidiu continuar exercendo: “Já estou aposentada, mas não consigo me ver longe da sala de aula. Amo o que faço e isso me faz muito feliz. A magia de ensinar e aprender é constante e me sinto revigorada e honrada por exercer essa profissão tão dignificante e prazerosa”. Se o assunto são os desafios enfrentados na jornada de um educador, ela avalia: “São muitos, mas um deles é conseguir despertar em nossas crianças o gosto pela leitura, pois vivemos em um universo tecnológico abrangente. Cabe ao mestre utilizar-se de muita criatividade para envolve-los  no universo da literatura. O professor deve sempre servir de modelo para seus alunos. Como poderá um professor tentar incentivar a leitura em seus alunos se nem ele gosta de ler?”, questiona. Tamanho envolvimento com os alunos, a faz receber o reconhecimento devido: “Receber um abraço de um ex-aluno e ouvir: Ela foi minha professora”. Esse momento é muito gratificante, pois com o passar dos anos os alunos crescem, tornam-se adultos  e nunca esqueceram de  quem ajudou a formar sua educação”. Entusiasta se o assunto é nossa cidade, a qual ela define como seu lugar amado, Rosana se mostra esperançosa: “É claro que sempre faltam melhorias para o bom desenvolvimento de um município e em Laguna não seria diferente. Cito aqui: a carência de ofertas de melhores empregos aos nossos jovens,  investimentos na educação, na saúde, no turismo e na infraestrutura”. Para o futuro, a focalizada  procura não fazer planos tão concretos: “Costumo usar uma citação de Jack London, que diz: “Eu não gastarei meus dias tentando prolongá-los. Eu usarei meu tempo. Não faço grandes planos, mas me considero uma grande sonhadora”, finaliza.