Profissional em destaque – Elias Ferreira Dias

No doce universo da infância, eram os caminhões de brinquedo que mais impressionavam Elias Ferreira Dias. O passar dos anos, e a chegada da maturidade, em nada mudaram a fascinação do filho de “seo” Pedro e dona Elizete, que apesar das dificuldades e obstáculos da vida, lutou, trabalhou, economizou e hoje realiza o sonho de dirigir seu próprio caminhão, fazendo fretes por todo o Brasil. Para chegar ao seu objetivo, o lagunense precisou de muita determinação: “Quando jovem, não tinha condições de começar a vida profissional na área. Um caminhão era muito caro. Era algo inacessível”. Assim, o marido de Isabel decidiu abraçar uma outra oportunidade, não bem em terra firme: “Trabalhei por 20 anos na balsa de nossa cidade. Apesar de simpatizar com o serviço, me dediquei a separar uma parte de meu salário para um dia comprar o tão sonhado caminhão”. A decisão por abandonar a antiga profissão, deixou o sonho ainda mais próximo: “Era naquele momento ou nunca mais. Decidi investir, comprar um veículo usado mesmo. Pintei as laterais com o nome da minha nova empresa, Vitória, homenagem a minha filha e com a cara e a coragem enfrentei o desafio”. Na relação de lugares já visitados, no decorrer dos três anos o qual vem realizando fretes, estão Rio Grande do Sul, São Paulo e Santos: “O mais longe foi até Lorena, que fica depois de São Paulo. É uma viagem longa, cansativa, mas para quem gosta, o prazer supera tudo isto”. Pai de David e Ana Vitória, ele aponta o que é necessário para fazer bonito na área a qual trabalha: “É preciso realiazar uma mudança com qualidade. Cuidar dos produtos transportados como se fosse seu. Gosto de embalar tudo com mantas e cobertores, conferir o manuseio, para que chegue intacto ao seu destino”. Esperto, ainda acrescenta: “Neste ramo o boca a boca é o segredo do sucesso. Tanto de forma positiva, quanto negativa. Serviço bem-feito será reconhecido, lembrado e passado para frente”, avalia. Entre o que há de melhor na atividade, pontua: “Ser dono do meu próprio negócio. Assim, tenho a liberdade e vontade de investir, me dedicar, afinal é algo que virá em meu benefício. Sinceramente não me vejo longe deste caminhão tão cedo”, brinca. Quando questionado sobre o número de transportes feitos no mês, ele pontua: “É muito relativo. Passo dias sem fazer um frete, mas as vezes, chego a fazer até três em um mesmo dia. O que já pude perceber é que no início da temporada e no término dela há um aumento considerável na demanda”. Tanta empatia com a estrada, já faz o profissional vislumbrar novas aquisições: “Quero adquirir um caminhão zerado. Esta é minha próxima meta de vida”.