Profissional em destaque

Katia Cilene Rodrigues

O amor pelos trabalhos manuais se faz presente na vida de Katia Cilene Rodrigues há muitos anos. O que de início começou de forma despretensiosa, com crochê, tricô e ponto cruz, deu espaço também ao artesanato, com as caixas de madeira e outras minúcias. Filha de dona Norma e de “seo” Claudio, a lagunense antes de exercer a atual atividade chegou a se aventurar em outras profissões: “Já fui balconista, faxineira, mas desde que vi que poderia ter uma fonte de renda fazendo o que gosto, abri mão de qualquer oportunidade”. O primeiro contato com este universo veio por intermédio de um presente: “Há algum tempo, ganhei uma caixa de madeira, toda trabalhada, pintada e decorada a mão, que me despertou a atenção. Daquele dia em diante, fiquei intrigada, com cada detalhe e fui em busca de material para confeccionar aquela que seria minha primeira obra. Desde então, não parei mais”. Há dois anos com loja fixa, no bairro Magalhães, Katia garante que mais do que o sustento, a atividade lhe oportuniza aliviar o stress: “ Aqui nesta sala me debruço em meio as peças e esqueço do mundo. É um prazer que não consigo transformar através das palavras. O retorno financeiro até vem, mas a satisfação pessoal, esta sim, vale muito mais”. A focalizada revela que em um dia é possível fazer até três peças: “Existem variadas técnicas e se estivermos falando de uma mais simples, com certeza consigo elaborar até três caixas tranquilamente”. Casada com Valter, com quem tem o filho Rodinei, a artesã indica o porta jóias como o preferido da clientela: “Na época de Natal o trabalho aumenta consideravelmente. O número de encomendas dobra, cada uma em busca da satisfação do perfil de cada cliente”. E se nas horas de folga o leitor pensa que descansar é o que Katia mais gosta de fazer, engana-se: “ Não gosto de ficar parada. Aos fins de semana, gosto de me dedicar ao restauro de móveis, buscar novas técnicas na internet, enfim, tudo que fique longe da ociosidade”. E ainda confessa que diferente do que se possa pensar, em “casa de ferreiro o espeto é de pau”: “Consigo vender quase tudo o que faço. Acho que as pessoas até criam a ideia de que devo ter muitos enfeites e detalhes na minha residência, mas é muito pelo contrário, meu canto é organizado, mas não possui muito das minhas obras”. Para o novo ano que está batendo na porta, Katia já faz planos: “Quero viajar e continuar a me dedicar ao meu trabalho, que tanto me realiza e me dá a oportunidade de conhecer novas pessoas e aflorar ainda mais meu talento”.

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