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Resgate histórico – Seival navega pelas águas do Rio Grande do Sul

A reprodução da embarcação que foi usada pelo italiano Giuseppe Garibaldi na Revolução Farroupilha, o Seival, já navega pelas águas do Rio Grande do Sul, mais precisamente na Orla do Guaíba, em Porto Alegre. Os gauchos tiveram a oportunidade inclusive de realizar dois passeios, um pela manhã e à tarde. As saídas aconteceram do Clube Veleiros do Sul. A primeira foi curta, pois o vento estava fraco e poucos foram os momentos em que foi possível usar apenas as velas no deslocamento. Cerca de 20 pessoas que ajudaram no projeto estavam no passeio.
A segunda volta foi mais longa: contornou a orla, passou pela Usina do Gasômetro e chegou ao Cais Embarcadero, em um trajeto de cerca de 10 quilômetros. Depois, o barco retornou ao clube.
O idealizador do projeto é o professor Antônio Carlos Rodrigues, 59, que resolveu tirar do papel a planta feita pelo modelista naval, lagunense Luiz Lauro Pereira Júnior.
O barco original fez parte de um episódio importante da Revolução Farroupilha: a tomada de Laguna, feita por separatistas. A construção da reprodução do Seival começou em um estaleiro improvisado na antiga sede dos bombeiros de Camaquã, no centro-sul do Rio Grande do Sul, em 2019. O trabalho terminou em dezembro de 2021.
De Camaquã, o barco foi levado ao Arroio Velhaco, em Arambaré, onde permaneceu de fevereiro a junho. Ali os ajustes finais foram feitos para seguir viagem a Tapes, trecho no qual ocorreu a primeira velejada do projeto. O trajeto seguiu para Itapuã, distrito de Viamão, Barra do Ribeiro e, por fim, ao Clube Veleiros do Sul, onde o Seival estava desde então. A reprodução preserva as dimensões descritas em registros históricos: 15 metros de comprimento e 12 de altura. A estimativa é de que o barco tenha custado R$ 600 mil: “Agora vamos fazer o trabalho para o qual ele foi construído, que é trabalhar com a educação ambiental e a história, sensibilizar para os cuidados que temos que ter com a água e botar a imaginação das crianças para funcionar”, destaca o professor Antônio.
A embarcação não será usada para passeio com estudantes. A logística, o custo e o tempo para preparar cada saída inviabilizam a ideia, de acordo com o criador do projeto.
Também não será destinada para fins comerciais. Assim, o foco é que o barco seja um espaço para visitação e eventos, uma opção fora de sala de aula para estudantes de escolas e faculdades do Rio Grande do Sul.
A embarcação ficará até setembro no Clube Veleiros do Sul, quando participará da 51ª Regata Seival. Depois, a ideia é seguir em viagem de Rio Grande, no sul do Estado, até Laguna.

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