As blefarites constituem um grupo de enfermidades muito comum em oftalmologia, que afetam as pálpebras. Costumam se iniciar na infância e muitas vezes se prolongam por toda a vida. Ela pode ter causas variadas : alérgicas, infecciosas e metabólicas. Os tipos principais são a seborrêica, estafilocócica, angular e mista.
Mais freqüente em crianças, os sintomas são leves : ardência e coceira. Muitas vezes o paciente é levado ao oftalmologista pelas escamas ou caspas que se acumulam na raiz dos cílios. Frequentemente ocorre também seborréia do couro cabeludo, das sombrancelhas e da região atrás das orelhas. Outras doenças associadas às blefarites, são: o terçol (hordéolo), ceratites, conjuntivites e úlceras de córnea.
As blefarites, por provocarem alterações na lágrima, podem provocar falha na lubrificação dos olhos, provocando a sensação de secura. O tratamento costuma ser ingrato pois geralmente não se consegue a cura completa e os sintomas podem recomeçar caso o tratamento seja interrompido.
Em todas as blefarites o objetivo principal deve ser a limpeza e higiene adequadas, removendo diariamente as caspas, crostas e secreções presentes, usando diariamente uma gaze enrolada no dedo com espuma de xampu infantil suave. Muitas vezes, nos quadros mais difíceis onde bactérias estão presentes, é necessário o uso de antibióticos, anti inflamatório e colírios de lubrificantes oculares para aliviar os sintomas. Casos graves e de longa duração necessitam muitas vezes de várias semanas de tratamento antes de se conseguir a melhora dos sintomas.
