Como a empresa começou
Vanderlei Salesio de Oliveira, popularmente conhecido por Guinho, apelido que até hoje desconhece a razão, é proprietário do Mercado Pouco Preço, no bairro Navegantes. Lagunense, filho do saudoso “seo” Manoel e de dona Maria Rosa, a quem dedica muito do que sabe e do que conquistou, teve o primeiro contato com o ramo ainda na infância, quando aos 10 anos, auxiliava a empacotar feijão e arroz, que na época eram vendidos a quilo no mercadinho próximo de sua casa. No decorrer dos anos, fez escola, seja de forma autônoma, vendendo picolé e torradinha ou trabalhando para grandes redes de supermercados. Com a saída do último emprego, há 19 anos, decidiu que era hora de ter seu próprio negócio: “ Lembro que na época consegui juntar 350 dólares. Conversei com uma de minhas irmãs sobre a ideia de montar algo na área de vendas e ela me deu todo apoio. Com esta economia, nos fundos da casa de um outro irmão, em uma peça pequena, de madeira, fiz as primeiras compras e abri as portas”. O aumento das vendas, o estimulou a ir em busca de um novo local: “Encontrei uma sala mais ampla. Foi um tempo de trabalho árduo. Muitas vezes fiz o transporte das mercadorias em uma carroça, que era meu único meio de locomoção”. Dali para frente, o esforço rendeu frutos. A clientela cresceu a ponto de o lucro proporcionar a compra de um terreno: “Quase não acreditei. A casa que havia no local estava caindo aos pedaços. Costumava brincar com os clientes que o cupim vinha como brinde. O investimento tinha levado todas as minhas economias. O que sobrou, deu para investir apenas na fachada do mercado”. Com uma trajetória que parecia predestinada, Guinho deu um enfoque especial na oferta de bebidas, inovou nos horários, estendendo seu atendimento até a madrugada e aos poucos foi ganhando a fidelização da clientela: “Hoje sinto orgulho em poder recordar tudo isto. A luta transformou a velha construção de madeira em um amplo e arejado prédio que vem sofrendo modernizações constantemente”. Sobre o público, o empresário analisa: “Vendo para todos. Do povão a elite. Tenho das bebidas mais simples até vodkas importadas. Da mortadela ao tomate seco”. Com uma rotina puxada, com escalas de trabalho que por vezes encerram às 3 horas da manhã, ele não reclama: “Gosto do que faço, apesar do corpo já dar sinais de cansaço. Ainda que vá até a madrugada, no dia seguinte tenho fornecedor para atender logo cedo. São ossos do ofício”. Tendo a parceria e apoio da esposa Luciana, o pai de Fabioly e Julia recentemente adquiriu um novo estabelecimento: “Comprei um mercado na Vila Vitória. Lá, espero em breve estabelecer a filial do Pouco Preço”. Para um futuro próximo, além de investimentos na área da construção, o visionário planeja a criação de um acesso de compras via internet: “Já possuo o domínio poucopreco.com. Quero criar um mercado virtual, ofertando aos clientes a comodidade de fazerem suas compras sem sair de casa”.
Projetos
Continuar no processo de ampliação e modernização do mercado e iniciar a construção de apartamentos exclusivos para locação.
Conquistas
Costumo dizer que dinheiro é bom para usar e não apenas para dizer que se tem. Lutei muito e hoje usufruo de uma vida tranquila ao lado de minha família, ofertando conforto e tranquilidade a todos.
Qualidades e Defeitos
Mudei muito minha forma de pensar e agir. Hoje me considero uma pessoa de bom coração. Meu maior defeito é custar a ceder, mesmo depois de ter a certeza que estava errado.
Lugares
Estar no meu bairro. Conversando com os amigos e tomando uma “cervejinha”.
Mania
Futebol. Jogando ou assistindo, não importa, é meu vício.
Um Desejo
Estou pleno e feliz. Tenho pouco ou nada a pedir, só agradecer.
Receita de Bem-Estar
Trabalhar. Sempre.
Viagens
No estado, Porto Belo e Camboriu. Fora dele, Rio de Janeiro e Bahia. Sou apaixonado pelo Nordeste.
Não Vivo Sem
Sou desprovido de qualquer apego a bens materiais.
Pensamento
Sem trabalho não há conquista
