Laguna Religião

Fé Renovada: O Sucesso da 2ª Jornada de Santo Antônio

Com recorde de público na noite de terça-feira (26), nas dependências do Centro Cultural Santo Antônio dos Anjos, a 2ª edição da Jornada das 13 terças-feiras de Santo Antônio, foi a confirmação de fé do povo lagunense e mais que isso, marcou a reaproximação de muitos católicos que estavam afastados da Igreja. A iniciativa, que mais uma vez teve a coordenação dos padres Pedro Damázio e Nilo Schilickmann e contou com o engajamento de toda a paróquia, despertou a atenção não apenas dos locais, mas de fiéis de cidades vizinhas como Tubarão, Criciúma e Imbituba, que durante treze terças deslocaram-se de seus municípios munidos de  cordões em busca de graças. Cabe acrescentar, que devido a  solicitação de lojistas e seus funcionários, um horário alternativo, das 12:30h foi criado e promoveu a lotação máxima da Igreja, não apenas por parte dos que estavam desatando seus nós, mas também por parte de prestadores de serviço da região que, curiosos com o grande movimento na Igreja em uma hora atípica, acabavam por também  prestigiar a celebração.  Após o sucesso da segunda edição, a comunidade católica lagunense recebeu com tristeza  a notícia da transferência do idealizador da Jornada e Pároco da Igreja Matriz, Pe. Pedro Damázio, que encarou a mudança como algo natural em sua trajetória: “Estou à disposição de Deus e meu objetivo de vida é levar sua palavra a todo povo. Sei que ainda havia muito a ser feito, mas espero deixar aqui uma semente a ser cultivada”.  Padre Pedro salienta ainda que todo o sucesso da Jornada foi resultado do trabalho de toda uma equipe: “ A paróquia inteira se mobilizou, se dedicou através de pequenos gestos, como o embalo dos cordões, sua distribuição e entrega da água  benta. Toda essa união contagiou a fé da comunidade, que a cada semana subia ao altar para anunciar mais uma graça alcançada. É o tipo de gesto que toca , emociona e nos faz acreditar que um mundo melhor é possível”, observou.  Aos lagunenses, o dedicado padre deixa sua mensagem: “Tenho a certeza de que as missas nunca mais serão as mesmas, assim como a terça-feira dos fiéis também terá um espaço dedicado à oração. Meu desejo é ter a Igreja Matriz tão cheia e o povo repleto de fé durante todo o ano”.

A vida de Fernando
Um acontecimento em especial tocaria a vida do jovem Fernando. No ano de 1220 foram expostas as relíquias de cinco missionários franciscanos que tinham entregue sua vida por amor a Cristo, no Marrocos. Neste momento brotava no coração do português uma vocação franciscana, suscitando o desejo de “imitar” aqueles mártires e abraçar o caminho da perfeição cristã como Frade Menor. Tendo sido aceito seu ardoroso pedido, tomou o nome de Antônio. Em seguida, partiu para o Marrocos, onde pretendia realizar seu desejo de pregar e ser mártir da Fé. Mas Deus teria outros caminhos reservados a Fernando. Atacado por uma doença foi obrigado a viajar para a Itália, a fim de se tratar. Um ano depois, quando era realizada a convocação para reunião geral da Ordem, teve a alegria de encontra-se com São Francisco, seu santo fundador. Depois de um convívio abençoado com seu Pai espiritual, Antônio foi para o norte da Itália, num convento próximo à cidade de Forli. Ali, no silêncio e na oração, Deus foi modelando sua inocente alma. Até que, chamado de improviso, para pregar no dia de uma ordenação sacerdotal, brilharam os dons que Deus havia lhe dado. Tal foi a aprovação dos ouvintes, que a partir deste momento, seus superiores o destinaram à pregação da palavra de Deus. Itália e França foram os campos nos quais Antônio começou a pregar. Muitos que tinham se afastado da Igreja, receberam a graça da conversão ao ouvir suas palavras cheias de unção espiritual. Foi também designado mestre de Teologia e começou a ensinar em Bolonha, recebendo de São Francisco uma breve carta com a seguinte abertura: “Agrada-me que gostes de ensinar Teologia aos frades”. Abria assim o caminho que seria trilhado por muitos outros teólogos da Ordem Franciscana, entre os quais o grande São Boaventura. Como diria os versos da canção “os bons morrem jovens”. Em 13 de junho de 1231, próximo a Pádua, veio a falecer. A região, que já o tratava com afeto e veneração, após sua morte, passou a lhe manifestar grande devoção e guardar suas preciosas relíquias. Tantos foram os milagres atribuídos à sua intercessão, que sua canonização deu-se em 1232, apenas um ano após sua morte. O Papa Gregório IX, que tinha intitulado Antônio, ainda vivo, como “Arca da Aliança”, agora o elevava à honra dos altares.

Os milagres
Muitos forma os milagres já registrados por intermédio de Santo Antônio, que ficou conhecido perante a comunidade católica como o “Santo dos Milagres”. Na Itália ou na Alemanha, na Espanha ou na França, e em todos os lugares onde esteve, em especial na cura de doentes. Entre os registros mais marcantes, estaria o ocorrido na França, na região de Toulose, no qual a mula se prostra ante o Corpo de Cristo na Eucaristia, desdenhando o alimento que lhe era oferecido. Santo Antônio venceu o incrédulo que rejeitava o Santíssimo Sacramento, e que assim se converteu. Em outra oportunidade, tendo um jovem confessado ter dado um ponta-pé na própria mãe, o que o levou a cólera, Santo Antônio teria dito: “ Teu pé bem merecia ser cortado”. Horrorizado com o que fizera, o praz realmente cortou o próprio pé. A mãe o socorreu e implorou ao Santo um milagre. Atendendo ao pedido da aflita senhora, o Santo recolocou o pé em seu lugar e, imediatamente, ficou ele restaurado, de modo tão perfeito como se jamais tivesse sido amputado. Restou apenas uma pequena cicatriz, para atestar a graça.

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