A palavra eternidade vem do latim AETERNUS, “o que dura, permanente, sem fim”, contração de AEVITERNUS, “de grande idade”, uma derivação de AEVUM, que significa tempo, era ou “idade”. Geralmente, pode ser compreendido por um sentido mais comum, que remete a eterno, imortal, perpétuo, ou em um sentido mais filosófico, correspondendo a atemporalidade, ou seja, a algo que não pode ser medido pelo tempo, porque o transcende. Nossa eterna ( que também é terna, de ternura) Anita Garibaldi, teve breve e intensa passagem pela vida: 28 anos. Falecida no dia 4 de agosto de 1849, adoecida e carregada por Giuseppe, na Fazenda Guiccioli, em Mandriole, no norte da Itália, onde precisou ser enterrada às pressas. Mais tarde, seus restos mortais teriam diversos sepultamentos, até que, ao passar a ser celebrada como heroína da unificação italiana, foi sepultada, no ano de 1932, em um monumento equestre, na colina do Gianicolo, situada em Roma. Em nosso Gabinete Museológico Rau, descobrimos que foi justamente de Roma que, em 26 de junho de 1849, Anita eufórica escreveu o que seria sua última carta à sua amiga Maria Seghessa-Castellini, esposa do Major Garibaldino Napoleone Castellini: “Escrevo-te para informar-te da minha feliz chegada depois de uma perigosa viagem através dos austríacos que ocupam a Toscana, que atravessei para atingir Roma. Aqui as cousas vão bem de dia, e de noite nos divertimos com os franceses, que perdem seu tempo. Meu marido vai beníssimo, mas anda muito ocupado (…)” Reconhecida por diferentes “apelidos”, como “Caput Mundi” (Capital do Mundo) ou “Cidade das Sete Colinas”, Roma também foi chamada de “Cidade Eterna” (em latim: Urbs Aeterna; em italiano: La Città Eterna), pela primeira vez, pelo poeta romano Tibulo no século I a.C. e por Ovídio, Virgílio e Lívio. Diz-se que, desde a Antiguidade, a população romana alimentava a crença de que, apesar de quaisquer adversidades, a cidade jamais deixaria de existir como berço de sistemas políticos e jurídicos que moldariam o mundo ocidental e influência histórico-cultural duradoura de seu legado arquitetônico. Nas semanas em que se entrelaçam as datas de morte da heroína eterna (4 de agosto) e de aniversário da cidade juliana (29 de julho), perguntamos à I.A. se Laguna também é uma cidade eterna e recebemos a seguinte resposta: Laguna, em Santa Catarina, não é designada como “cidade eterna” num sentido literal, mas é uma cidade com um passado histórico e cultural muito rico, que a faz ser considerada um local de grande valor e “eterna” em memória e legado. Celebremos a eternidade de nossa heroína e de nossa cidade.
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