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Escola Ana Gondin: Estado anuncia obras de R$6 milhões

Em solenidade realizada na noite de 3ª feira (10), na atual sede (junto ao salão paroquial) da Escola de Educação Básica Ana Gondin, no Magalhães, o secretário executivo da 18ª Agência de Desenvolvimento Regional de Laguna, Mauro Candemil, com a presença do prefeito Everaldo dos Santos, presidente da Câmara de Vereadores, Roberto Alves e os vereadores Thiago Duarte, Rodrigo Moraes, Patrick da Nega, Kleber Rosa, Vilsinho Vieira e Valdomiro Andrade, lançou o edital de concorrência no 013/2016 para construção de edificação com área de 3.254,85 m², Com 16 salas de aula, laboratórios de informática e de ciências, biblioteca, sala de vídeo, refeitório, cozinha e área administrativa completa. A circulação é atendida por escadas, rampas e elevador. Serão cerca de 845,55 metros quadrados de área construída para o ginásio de esportes e vestiários e a área urbanizada contemplará 5.172,00 metros quadrados. A acessibilidade é prevista através das rampas e elevador, além de piso tátil pela edificação e banheiros acessíveis, com ginásio de esportes e respectivos vestiários, além de completa urbanização da área de 5.172,00 m².
O edital (publicado no mesmo dia no Diário Catarinense e no Diário Oficial) tornou público que a abertura dos envelopes das empresas interessadas, acontecerá às 14h30 do próximo dia 10 de junho.

A história da querida escola
A Escola de Educação Básica “Ana Gondin”, mantida pelo Estado e administrada pela Secretaria de Estado de Educação – SED, iniciou suas atividades a 19 de abril de 1935, como Grupo Escolar atendendo, na época, 130 alunos aproximadamente de 1ª a 4ª série. A Escola recebeu este nome em homenagem a Ana Amaral Gondin, eminente professora, que residia no bairro de Magalhães e que era descendente de franceses. Ela nasceu em São José, a 20 de julho de 1853 e faleceu em Laguna a 07 de novembro de 1931, à Rua “Conselheiro Lamego”, próximo a Pedreira. Sua genitora, Luiza Amaral Gondin, teve outras filhas: Josefina, Alda, Maria Luiza, Albertina e Laura, genitora do Dr. Ivo de Aquino Fonseca, influente político em Santa Catarina, que, até a década de 50, foi senador da República. Ana Gondin começou a lecionar no ano de 1893 e aposentou-se em 1923, com 30 anos de relevantes serviços prestados como professora pública estadual. Lecionou inicialmente em Pedras Grandes, Jaguaruna e, finalmente Laguna. Durante o tempo em que lecionou em Laguna, instalou sua escola à 16 de abril, numa casa de esquina entre a hoje Avenida João Pessoa e a Praça Souza França, onde residiu Otávio Capanema. Posteriormente, sua escola funcionou à rua Custódio Bessa e, por último, dona “Nininha”, como era conhecida, instalou-se à Rua Voluntário Carpes, tendo como auxiliar Ondina Pinho. A professora Ana Gondin teve seu nome ligado ao Grupo Escolar por sugestão do jornalista José Duarte Freitas. Ao rever seu passado, cada um dos que naquela Escola iniciou a marcha na estrada para a vida, terá que citar que os primeiros dias escolares foram na Escola Básica Ana Gondin. A estrutura, de então, era de cinco salas de aula, uma Secretaria, um Gabinete do Diretor, uma sala para Educação Física, uma modesta Biblioteca e um pátio coberto, onde funcionavam a cozinha e os sanitários dos alunos. A primeira ampliação foi em 1967, com a construção de nove salas de aulas e uma quadra de esportes. Cinco anos após, em 1º de março de 1972, com o aumento da clientela, foi transformado de Grupo Escolar para Escola Básica Ana Gondin, conforme decreto nº 66/ SEE, Parecer 29/72. Atendia em média, na época, 700 alunos de 1ª a 8ª série do 1º Grau. Em 1981, o prédio recebeu a segunda reforma, sendo construídos dois sanitários para os alunos, duas salas de aulas e um Gabinete Dentário. Em 1985 foi criado o Pré – Escolar, sendo, então, o corpo discente formado por 800 alunos. Já em 1992, a Escola Básica sofreria outra transformação, desta vez alcançando o porte colegial sendo criado o Curso de Educação Geral (2º Grau), com mais de 750 alunos, em três turnos. Passou, então, a “Colégio Estadual Ana Gondin” segundo Parecer nº 265/92. Em 1993, foram construídas mais duas salas de aula, dois módulos para o pré- escolar e uma sala aos professores. Em 1995, o espaço físico seria ampliado com a construção de uma sala para a Orientação Educacional e outra para a Administração Escolar. Participando de um projeto de capacitação do adolescente ao trabalho, denominado PROFORT, promovido pelo Governo do Estado, em parceria com uma empresa de informática, a School Basic, em 1996, o Colégio ganharia a implantação do Curso Técnico de Processamento de Dados. Em 2000 formou-se a última turma deste curso. Em 2000 a escola sofreu uma nova alteração. Passou, então a Escola de Educação Básica Ana Gondin, nome atual conforme portaria E/ 0017 SED de 28/03/2000. A partir de 2002 a escola passa a funcionar somente de Pré-Escolar ao Ensino Fundamental. No ano de 2004 ela sofreu uma nova alteração, voltando a funcionar de Pré- escolar ao Ensino Médio. Em 2010, aderiu ao Programa Escola Aberta, que incentiva e apoia a abertura, nos finais de semana, de unidades escolares públicas localizadas em territórios de vulnerabilidade social. A estratégia potencializa a parceria entre escola e comunidade ao ocupar criativamente o espaço escolar aos sábados e/ou domingos com atividades educativas, culturais, esportivas, de formação inicial para o trabalho e geração de renda oferecidas aos estudantes e à população do entorno. A partir de 2012, a escola foi contemplada com o Programa Mais Educação, criado pela Portaria Interministerial nº 17/2007, aumentando a oferta educativa nas escolas públicas por meio de atividades optativas que foram agrupadas em macrocampos como acompanhamento pedagógico, meio ambiente, esporte e lazer, direitos humanos, cultura e artes, cultura digital, prevenção e promoção da saúde, educomunicação, educação científica e educação econômica. O programa visava fomentar atividades para melhorar o ambiente escolar, tendo como base estudos desenvolvidos pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), utilizando os resultados da Prova Brasil de 2005. Nesses estudos destacou-se o uso do “Índice de Efeito Escola – IEE”, indicador do impacto que a escola pode ter na vida e no aprendizado do estudante, cruzando-se informações socioeconômicas do município no qual a escola está localizada. Em 2013, apesar de estar passando por momentos de expectativa, pois aguardava a construção de escola nova, possuia em seu quadro de matriculas aproximadamente 800 alunos no Ensino Fundamental e Ensino Médio, um corpo docente e uma equipe técnica pedagógica administrativa, com especialização nas diversas áreas da educação. O já ex-espaço físico, contava naquele momento com 15 (quinze) salas de aula,  duas quadras de esporte, uma sala de informática, para biblioteca, de Direção, de Orientação Educacional, de Supervisão Escolar, de Administração Escolar e uma  de Secretaria Escolar, além de um pátio interno, 10 banheiros, um depósito de merenda, um almoxarifado, duas cozinhas, uma sala de professores e m refeitório reformado, havia algum tempo. A escola funciona nos três turnos, do Ensino Fundamental ao Ensino Médio. Em 2014, passou a funcionar no Salão Paroquial Nossa Senhora dos Navegantes, do bairro Magalhães, já que o prédio foi interditado pelo ministério público devido às más condições da infraestrutura.
As falas
O que não faltou na solenidade de 3ª feira, foram os tradicionais discursos, com todos enaltecendo a importância da obra então lançada em licitação e até a atenção que o governador Raimundo Colombo deu ao caso, com todos acreditando que a forma educada e ordeira com que foi feita a Colombo, motivou o chefe do executivo catarinense, mas com todos lembrando também o empenho de Eduardo Pinho Moreira, o “Governador do Sul”.
Usaram da palavra, além de Mauro Candemil, o prefeito Everaldo dos Santos, Lucas Favesani, da secretaria de Estado da Educação, o presidente da Câmara, Vereador Roberto Alves, procurador da ADR, Antonio Luiz dos Reis, gerente regional de Educação, Karmensita Cardoso, a presidente da Associação de Pais e Professores, Andréia da Silva e a diretora do Ana Gondin, Lilian dos Reis Silva e o conhecido suplente de vereador, Osmar do Gás.

CEAL: Obras começam em 60 dias
Em meio a licitação para a construção de uma nova sede para a Ana Gondin, a cidade tomou conhecimento que no mesmo dia aconteceu o processo de habilitação de empresas, fala-se em 24, agora necessitando de tempo legal, para aí sim abrir o edital de licitação para obras de recuperação da Escola de Ensino Médio Almirante Lamego, o já tradicional CEAL, atingindo recursos na ordem de R$ 7 milhões.

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