Perfil

Eliziane Marcelino de Souza

O ano era 1992. A então estudante da Fundação Bradesco, Eliziane Marcelino de Souza, foi com seus colegas assistir a uma peça de teatro que seria apresentada na escola. A lagunense, na época, com seis anos, voltou encantada para sala de aula e levou para casa a certeza de que era através da arte que ela viveria o resto de seus dias.
Figurante da peça Tomada de Laguna desde os 13 anos, a filha de dona Maria Terezinha Marcelino e de “seo” Alfredo de Souza ouvia no rádio uma entrevista do diretor da peça, Adilcio Cadorin, na qual comentava a ideia de criar três fases da vida de Anita Garibaldi para o próximo espetáculo: “Não pensei duas vezes. Sai correndo de casa e fui me apresentar para o Cadorin. Chegando lá, ele já havia saído. Mas descobri que foi para uma reunião no Cine Mussi. Na cara e coragem, entrei e esperei que ele saísse. Me apresentei e lembro que entre os questionamentos que me fez, era se eu andava a cavalo. De pronto eu disse que não, mas que se me emprestasse um, era questão de um mês para aprender. Ele ficou com o meu telefone, mas nada prometeu”.
A atitude de Lizi rendeu frutos. Nos dois anos seguintes o papel dos sonhos foi dado a atriz. E Anita Garibaldi ainda a acompanhou por anos seguintes: “Por um tempo eu só tive a heroína no currículo. Após os dois anos de Tomada, em 2005, fiz o filme a Retirada, no qual interpretei Anita. Em 2006 fiz um outro filme, no qual era a irmã da heroína”.
Em 2007 a focalizada decide dar um novo rumo a sua carreira e vai morar no Rio de Janeiro: “Foi uma fase muito intensa. Eu trabalhava no administrativo de uma rede de pizzarias, cursava Letras Português e ainda tentava participar de testes”, recorda. A persistência e o talento a fizeram emplacar em novelas como Paraíso Tropical e 10 Mandamentos e filmes como Anita e A guerra dos Rochas”.
Prestes a reviver Anita Garibaldi, em mais uma edição da Tomada de Laguna, a focalizada abre o coração quando o assunto é a cidade e os seus 346 anos: “Gostaria de inspirar nossos conterrâneos a entender o potencial gigantesco da cidade. Morando fora eu pude ampliar o meu olhar sobre a magnitude do que é essa cidade”.

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