Gente de nossa terra

Haroldo Cabral Pinho

*16/11/1926
+25/07/1995

Haroldo Cabral Pinho, carinhosamente conhecido como Tuta, nascido na nossa querida terrinha, em 16 de novembro de 1926, era filho de Ubaldina (Dininha) e de Manuel Pinho. Casado pela primeira vez com Sarah, teve um filho que deu o nome de Haroldo, o Pancho. Ficou viúvo e casou Maria do Carmo (dona Déa), com quem teve os filhos Nauro, Gilberto Francisco, o Binga, Marcelo (in memoriam), Aline, Eduardo, Dina Maria e Roberta. Destes casamentos originaram os netos Ana Cláudia, Alessandra, Gabriel, Israel, Renata, Jonas, Gilberto, Sara, Mahara, Manuel Vitor, Marcelo, Nayalin, Virginia, Eduardo, Alicia, Lucas e Isabel, e os bisnetos Pedro e Rebeca. “Seo” Tuta, como o chamávamos, serviu o Tiro de Guerra em Joinville. Na década de 40 formou-se em Odontologia em Florianópolis, atuando como dentista no Posto de Saúde, Casa da Esperança, Funrural e credenciado pelo INSS em nossa cidade. Pescador apaixonado, sempre dizia: “Quando dá viração de vento nordeste, eu vejo os peixes passaram na boca dos meus pacientes…” Não tinha hora para atender a clientela, e não se importava com benefício financeiro, chegando em casa muitas vezes com galinhas caipiras e patos debaixo dos braços, os quais recebia com prazer, até porque sempre gostou de criações, como pagamento de seus honorários, vindo de pacientes do interior. Muitos carrinhos (mandíbulas) foram colocados no lugar pelo habilidoso dentista. Até hoje pessoas param os familiares na rua e apresentam um “documento” curioso e engraçado: tiram as “dentaduras” das bocas e falam: “o seu Tuta  quem fez essa chapa”! Mas o “seo” Tuta costumava bater ponto diário, quase todas as manhãs, na “Linda Baiana”, loja no centro da cidade (onde hoje está O Boticário), do seu amigo Batista, botafoguense como ele, onde passava boa parte da manhã “jogando conversa fora”. Nos tempos idos, ao fazer compras no Mercado Público, e residindo na praia do Mar Grosso, lá no final da avenida Senador Galotti, muitas vezes os motoristas de ônibus as deixavam na porta de sua casa, tamanho era o carinho e respeito com o qual se tratavam. Outra dele: adorava marcenaria, confeccionava gaiolas, tudo como hobby e onde fatalmente perdeu dois dedos da mão direita, com uma serra elétrica, fazendo-o deixar a sua profissão. Espírita com um dom maravilhoso de lidar com mulheres grávidas, com perigo de perda dos bebês, onde as recebia impondo as mãos. Amante de jantares e de boa música, recebia os amigos em sua casa, tendo orgulho de servir o alimento preparado por ele mesmo, com ajuda da exímia esposa. O grande legado que deixou para os filhos foi o exemplo de sua dignidade e respeito com o qual sempre tratou a todos e principalmente sua fiel esposa Déa. Grande ser, grande pessoa humana, saudoso Tuta, que nos deixou no triste dia 25 de julho de 1995.

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