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Happy Hour 28/10

Tudo que você precisa saber (ou não) sobre: Halloween

Nesta segunda, dia 31, é Halloween. Essa data é bastante significativa na cultura americana, mas nos últimos anos vem fazendo parte da nossa também, seja por conta de filmes, seriados, produtos ou outras formas de contato com esta cultura.
E este tema acaba sendo um assunto conhecido, porém, não muito entendido. Questões e dúvidas permeiam esta data, como por exemplo: De onde surgiu essa festividade? Como ela chegou aos EUA? Por que as pessoas se fantasiam nesta data?
Se você quer saber a resposta destas perguntas, está no lugar certo. Continue lendo!

De onde vem esse nome? E por que o dia 31 de outubro?
O nome que designa essa comemoração é inspirado na expressão “All hallow’s eve”, que, em português, significa “véspera de todos os santos”, uma referência à data celebrada pela Igreja Católica no dia 1º de novembro. Por isso, o Halloween é comemorado no dia 31 de outubro. Nas tradições norte-americanas e inglesas do Halloween, acredita-se que, na noite do dia 31 de outubro, as almas saem de seus túmulos e seguem pelas ruas amedrontando todos aqueles que estão por perto. Nessa ocasião, crianças e jovens fantasiam-se de mortos-vivos, monstros, bruxas e outros personagens para sair pela vizinhança fazendo a famosa pergunta: doces ou travessuras?

Como surgiu essa festa?
Desde o século 18, historiadores apontam para um antigo festival pagão ao falar da origem do Halloween: o festival celta de Samhain (termo que significa “fim do verão”).
O Samhain durava três dias e começava em 31 de outubro. Segundo acadêmicos, era uma homenagem ao “Rei dos mortos”. Estudos recentes destacam que o Samhain tinha entre suas maiores marcas as fogueiras e celebrava a abundância de comida após a época de colheita.
O problema com esta teoria é que ela se baseia em poucas evidências além da época do ano em que os festivais eram realizados.
A comemoração, a linguagem e o significado do festival de outubro mudavam conforme a região. Os galeses celebravam, por exemplo, o “Calan Gaeaf”. Há pontos em comum entre este festival realizado no País de Gales e a celebração do Samhain, predominantemente irlandesa e escocesa, mas há muitas diferenças também.
Em meados do século 8, o papa Gregório 3º mudou a data do Dia de Todos os Santos de 13 de maio – a data do festival romano dos mortos – para 1º de novembro, a data do Samhain.
Não se tem certeza se Gregório 3º ou seu sucessor, Gregório 4º, tornaram a celebração do Dia de Todos os Santos obrigatória na tentativa de “cristianizar” o Samhain.
Mas, quaisquer que fossem seus motivos, a nova data para este dia fez com que a celebração cristã dos santos e de Samhain fossem unidos. Assim, tradições pagãs e cristãs acabaram se misturando.
A festa de Dia das Bruxas que conhecemos hoje tomou forma entre 1500 e 1800. Fogueiras tornaram-se especialmente populares a partir do Halloween. Elas eram usadas na queima do joio (que celebrava o fim da colheita no Samhain), como símbolo do rumo a ser seguido pelas almas cristãs no purgatório ou para repelir bruxaria e a peste negra.
Comer era um componente importante do Halloween, assim como de muitos outros festivais. Um dos hábitos mais característicos envolvia crianças, que iam de casa em casa cantando rimas ou dizendo orações para as almas dos mortos. Em troca, eles recebiam bolos de boa sorte que representavam o espírito de uma pessoa que havia sido liberada do purgatório.
Igrejas de paróquias costumavam tocar seus sinos, às vezes por toda a noite. A prática era tão incômoda que o rei Henrique 3º e a rainha Elizabeth tentaram bani-la, mas não conseguiram. Este ritual prosseguiu, apesar das multas regularmente aplicadas a quem fizesse isso.

Como a data se popularizou nos EUA? E como surgiu a ideia de se fantasiar?
Em 1845, durante o período conhecido na Irlanda como a “Grande Fome”, 1 milhão de pessoas foram forçadas a imigrar para os Estados Unidos, levando junto sua história e tradições. Não é coincidência que as primeiras referências ao Halloween apareceram na América pouco depois disso. A princípio, as tradições do Dia das Bruxas nos Estados Unidos uniam brincadeiras comuns no Reino Unido rural com rituais de colheita americanos.
O milho era uma cultura importante da agricultura americana – e acabou entrando com tudo na simbologia característica do Halloween americano. Tanto que, no início do século 20, espantalhos – típicos de colheitas de milho – eram muito usados em decorações do Dia das Bruxas.
Uma lenda sobre um ferreiro chamado Jack que conseguiu ser mais esperto que o diabo e vagava como um morto-vivo deu origem às luminárias feitas com abóboras que se tornaram uma marca do Halloween americano, marcado pelas cores laranja e preta.
Foi nos Estados Unidos que surgiu a tradição moderna de “doces ou travessuras”. Há indícios disso em brincadeiras medievais que usavam repolhos, mas pregar peças tornou-se um hábito nesta época do ano entre os americanos a partir dos anos 1920.
Mas a tradição mais popular do Halloween, de usar fantasias e pregar sustos, não tem qualquer relação com doces. Ela veio após a transmissão pelo rádio de Guerra do Mundos, do escritor inglês H.G. Wells, gerou uma grande confusão quando foi ao ar, em 30 de outubro de 1938. Ao concluí-la, o ator e diretor americano Orson Wells deixou de lado seu personagem para dizer aos ouvintes que tudo não passava de uma pegadinha de Halloween e comparou seu papel ao ato de se vestir com um lençol para imitar um fantasma e dar um susto nas pessoas.

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