Especial Laguna Política

Everaldo, humilde ele ganha destaque por onde passa

Na edição comemorativa do aniversário de Laguna, entrevistar a figura pública que administra a cidade seria algo corriqueiro. Por isso, o JL foi além das formalidades do papel de um prefeito. Nas próximas linhas, o leitor poderá descobrir um pouco mais sobre a história de vida do filho de dona Santina Luiza e de “seo” Elso Medeiros Santos, que aos 7 anos já vendia torradinhas para ajudar no sustento de casa e que se hoje chegou ao ápice da administração pública do município, é porque muito sonhou, fez amigos e não desistiu de lutar por seus objetivos. Nascido e criado na comunidade do KM 37, filho de agricultor, vindo de uma família de 12 filhos, Everaldo dos Santos ganha destaque por onde quer que passe, devido a forma humilde como lida com o povo, em uma administração de portas abertas e onde vê-lo caminhando pelas ruas de qualquer bairro é algo comum.

A infância e adolescência
Minha criação foi no interior. As brincadeiras eram as tradicionais da época, como o pião e o carrinho. Meu pai trabalhava na agricultura, plantando mandioca, milho e à noite, pescava para garantir nossa sobrevivência. Desde cedo tive contato com o trabalho, vendendo as torradinha que minha mãe fazia. Tive 11 irmãos, um deles já falecido. O mais velho, é o Antônio, com 56 anos, e a mais nova, Kátia Simone. Minha adolescência foi muito boa e ainda guardo muitas lembranças daquela época: As amizades, as festas e as responsabilidades. Fiz meus estudos na Escola Reunida Palmira Moraes de Miranda, no KM 37. Tenho até hoje na memória a casa de madeira pintada de verde, lugar onde aprendi a ler e escrever.
Vida Profissional
Como já comentei anteriormente, o meu primeiro trabalho informal foi aos 7 anos, para auxiliar nas despesas da casa, vendendo torradinha. Com um pouco mais de idade, fui para o Mercado Público Municipal, vender verduras com o meu pai. O primeiro emprego efetivo foi aos 19 anos, na CASAN. Com o salário, fui fazendo minhas economias, juntei dinheiro e comprei meu primeiro carro, um Fusca.

Política
Fui apresentado à política pelo já falecido, ex-vereador e ex-prefeito Venâncio Luiz Vieira. Em várias oportunidades, ele, então vereador e presidente da Cooperativa de Eletrificação Rural de Laguna, ia ao Mercado Público e ficávamos conversando. Fui pegando amizade. Sempre me convidava para ir a Florianópolis, o que fiz por várias vezes. Foi aí que aprendi a gostar da política. “Seo” Venâncio sempre me dizia: “Você tem o perfil, tem um futuro e tudo para ser um grande político”. Segui as orientações dele e hoje sou o prefeito da cidade.

Candidaturas e Dificuldades
Minha primeira candidatura a vereador foi em 1988, pelo então MDB. Fiz 325 votos e fiquei na 1ª suplência. Em 1992, fui eleito vereador com 569 votos. As dificuldades eram as mesmas de hoje e de sempre, principalmente para a gente, que era do interior e de origem humilde, que não tinha recurso financeiro para investir.

Lembranças
Fazendo um retrospecto de toda minha trajetória, recordo com carinho, em especial, no início da adolescência, de uma pessoa que aprendi a admirar. A dona Vergiliete, uma senhora mulata, hoje já falecida, me ajudava na venda de doces na festa de santo que acontecia na então comunidade da Pescaria Brava. Nós íamos de ônibus, levando cestas de torradinha, cocada e cartucho. Ela, muito humilde, ainda em casa, matava uma galinha, fazia um ensopado com arroz e levava nossa marmita, para ao meio-dia, pararmos e sentarmos para almoçar. Já na fase adulta, na vida política, destaco a amizade que fiz com os comerciantes do Mercado Público, como o Lelé, a Dorza, o “seo” Grego, os falecidos Xaxá Martins e Pedro Amorim, enfim, toda comunidade do Mercado. Quando fui eleito pela primeira vez, a euforia deles era semelhante à de terem ganho na loteria. Todos ficaram orgulhosos de ver um representante do meio deles eleito vereador.

Véspera da eleição
Em todas as eleições, até mesmo na última, para prefeito, visitei os eleitores até o momento permitido pela legislação. Ainda que muito ansioso, tentei dormir, pois o dia seguinte prometia fortes emoções. Assim que fui eleito, fui convidado para participar de uma coletiva no Cartório Eleitoral, seguido por uma carreata que percorreu toda a cidade. Por volta de meia noite já estava exausto e fui direto para casa descansar.

Véspera da Posse
A noite era de Ano Novo, mas meu foco estava no dia seguinte. Fui dormir preocupado pensando no que diria ao povo no outro dia, já no primeiro discurso como prefeito.

Horas de Folga
Não tenho folga, até porque aproveito o tempo livre para visitar os amigos, tomar um café, comer um bolinho de chuva, almoçar um peixinho, trocar ideias. Eu faço política nas 24 horas do dia.

Lugares de Laguna
Sou apaixonado pelos Molhes da Barra e pelo Farol de Santa Marta.

Um presente de aniversário para cidade
Eu daria o presente que é o meu sonho: Ver a UTI do Hospital de Laguna funcionando e todo o acesso da cidade asfaltado.

Notícias estampadas na edição do JL do ano de 2016
Daqui três anos e meio quero que vocês noticiem que a cidade é uma nova Laguna, com obras realizadas, além do resgate da autoestima da população. Quero ver todos sorrindo, desfrutando da Avenida Marronzinho toda pavimentada, o saneamento do município completo, as praias limpas, a SC-100 completa e o distrito de Ribeirão Pequeno pavimentado.

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