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Complexo Eólico Nova Laguna

Grupo Open, de P. Alegre com todas as licenças em mãos

Fonte alternativa das mais respeitadas no mundo, os fortes ventos de Laguna, através da energia eólica, num futuro bem próximo devem garantir dias prósperos para a terra de Anita, com o Grupo Open, de Porto Alegre, desenvolvendo diversas etapas, com previsão de construir um grande parque assim que ficarem definidos os valores em leilão A-5, que deve acontecer no dia 5 de fevereiro de 2016, e que conta com 1055 empreendimentos interessados cadastrados pela EPE (Empresa de Pesquisa Energética), aí incluída a empresa gaúcha. De acordo com o empresário Léo Riffel, que veio à cidade na última sexta-feira (13), uma vez definido o leilão, a sua empresa terá 18 meses para executar os serviços e claro, entrar em operação, com investimentos na ordem de R$ 800 milhões, para 65 aerogeradores, que ficarão no Farol de Santa Marta, Madre e até na vizinha Jaguaruna. Atuando na região com pecuária, desde 1984, a partir de 2010, constituído o Grupo Open, especialista em engenharias de energias renováveis, Riffel passou a dedicar-se ao novo setor, aguardando o leilão da Aneel e aí sim, iniciar a construção do Complexo Eólico Nova Laguna. Na foto, com Hilário Pereira, Riffel (D) falou com a reportagem do JL. A obra, que depende do aval de um leilão previsto para 5 de fevereiro, deverá durar três anos. Cerca de 700 empregos diretos serão gerados neste período. Após a conclusão, em 2018, o empreendimento terá pelo menos 100 empregos fixos. Os detalhes desta imponente estrutura foram repassados ao prefeito Everaldo dos Santos, que mediou encontros com prefeitos de Tubarão, Capivari de Baixo e Jaguaruna, já que a usina eólica está planejada para ser instalada na localidade da Madre, um ponto estratégico próximo à divisa desses quatro municípios. “Precisamos discutir a questão, já que serão necessários abrirmos 20 quilômetros de vias, incluindo aí a construção de uma ponte com injeção financeira do Grupo Open. Isto resultaria em um grande desenvolvimento econômico na região do complexo”, observa o representante da empresa, Leo Riffel. O estudo a respeito deste projeto está pronto. A equipe técnica da Amurel pode ser acionada para auxiliar nesta questão infraestrutural. São quase quatro mil hectares de terras já adquiridos pelo grupo em Laguna. A criação dessas estradas será necessária para o tráfego de maquinário, caminhões e materiais para a instalação do Complexo Eólico. Além de apresentar todos os principais tópicos necessários para que os parques eólicos virem realidade, Riffel fez questão de frisar que uma das benfeitorias será a de infraestrutura, já que cerca de 20 quilômetros de estradas precisarão ser abertos para que o material para a construção das torres sejam levados até o complexo, na região da Madre, em Laguna. “Além disso, há um projeto de uma ponte de concreto sobre um trecho do Rio Congonhas. Esta obra será executada com recursos privados, mas ficará para a comunidade”, destaca o investidor. “Já estamos em tratativas há alguns anos. Esta será, sem dúvida, uma das maiores obras de engenharia em nossa região. Resultará em um salto no desenvolvimento econômico de Laguna e cidades vizinhas. A natureza também ganha muito, pois a geração de energia ocorrerá de uma forma totalmente sustentável”, resume o prefeito. As direções do Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra), governo do Estado e Agência de Desenvolvimento Regional, além de outras autoridades devem ser acionadas para ingressar na parceria ao projeto. Após habilitar o leilão, a obra será iniciada de imediato. Santa Catarina já tem duas usinas eólicas, em Água Doce e em Bom Jardim da Serra. O projeto do complexo de Laguna prevê a instalação de 65 aerogeradores com hélices de 55 metros, o que resultará em cerca de 150 megawatts, o suficiente para abastecer 68 mil residências.

Hilário Pereira e Léo Riffel

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