No próximo domingo, 17, quando o Brasil celebra o Dia Nacional do Patrimônio Histórico, Laguna veste-se de história. Suas ruas, ladeiras e fachadas antigas guardam mais que tijolos e argamassa: carregam a alma de um povo. Neste 2025, o Centro Histórico de Laguna celebra 40 anos de tombamento como Patrimônio Cultural Brasileiro pelo IPHAN. Como lembra Ana Paula Citadin, chefe do escritório local do IPHAN em Laguna: “Reconhecido oficialmente em 1985, representa um dos mais significativos testemunhos da formação histórica de Santa Catarina. Seu traçado urbano, casarios com linguagens arquitetônicas diversas e a paleta de memórias que compõem a paisagem urbana revelam a presença de diferentes tempos: a ocupação luso-brasileira no século XVIII, o protagonismo no comércio marítimo, a memória de Anita Garibaldi e as transformações urbanas que marcaram o século XX. É importante lembrar ainda o legado deixado pelos povos sambaquis que habitavam este território”. Esse tombamento não é apenas um ato de proteção, mas um pacto de amor com a cidade. É preservar o murmúrio das ondas que trouxeram navegadores, o eco das vozes que construíram lares e sonhos, e a poesia silenciosa das janelas que ainda se abrem para o mar. Quarenta anos depois, as paredes continuam a ensinar, emocionando quem por elas passa. Preservar Laguna é unir passado e presente num mesmo compasso, garantindo que o futuro carregue o brilho dessa memória.
Engenharia de Pesca na UDESC/Laguna: talentos que levam o nome da cidade para além-mar
Nos artigos anteriores desta série especial, celebramos os 15 anos do curso de Engenharia de Pesca da UDESC/Laguna e relembramos como essa graduação marcou a história da cidade, da Universidade e da vida de tantos profissionais formados à beira da Lagoa Santo Antônio dos Anjos.
Nesta edição, seguimos viagem por este mosaico de histórias, apresentando três Engenheiros de Pesca que, cada um, a seu modo, mostra a diversidade de áreas e caminhos que essa formação pode abrir: Natalia Fernandes Pereira, dedicada à produção de camarões marinhos e à sanidade na aquicultura; Ricardo Carriero, profissional que construiu carreira sólida no beneficiamento e na industrialização do pescado, além de liderar processos de gestão e inovação no setor aquícola; e Thaís Agda Rodrigues da Cruz Primo, pesquisadora e empreendedora que transforma microalgas em soluções ambientais inovadoras.
São percursos distintos, mas unidos por um mesmo ponto de partida: a UDESC/Laguna, que deu asas aos sonhos e impulsionou carreiras que hoje cruzam fronteiras.